Nota: O texto original foi escrito sem maiores dados
sobre o percurso e também com certa dose de humor...
O desenvolvimento do interesse do autor sobre o tema
levou-o à compreensão de que não é viável a rota que propôs
(seguindo a margem da Lagoa, uma área de solo instável).
O caminho mais confiável é certamente por baixo e na tangente
do maciço montanhoso, e já há estudos sobre isto.
Fica mantido, no entanto, o texto original,
uma espécie de homenagem à imaginação dos leigos...
A partir daí, em direção a Botafogo, a construção do tradicional túnel levanta a preocupação com o regime de águas do subsolo e as interferências no Jardim Botânico, o que parece evidente. A opção de levá-lo mais para dentro do maciço deixaria as estações muito distantes dos moradores.
Pois, para este trecho proponho uma solução talvez surpreendente: uma via elevada que começa (e atravessa) o Jóquei Clube, seguindo pela orla da Lagoa!
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Simplesmente,a linha subterrânea, depois de sair da Estação Gávea, afloraria no centro do Jóquei Clube, logo após a pista de corrida, do lado leste do canal que atravessa todo o Jóquei, e continuaria em direção à Av. Borges de Medeiros. Fazendo sombra sobre cavalariças e casas, teríamos aí a Estação Jóquei, com saídas para a rua Jardim Botânico e para o Parque dos Patins.
Cabe o comentário de que, se o Jóquei Clube se dispunha a um projeto imobiliário de muitos prédios, mantendo suas atividades, não seria um elevado e a passagem dos carros do metrô que afetariam a saúde dos nobres cavalos... E ainda teria, com isto, uma fonte razoável de renda, algumas benevolências fiscais e a certeza de maior procura, por conta da nova atração turística que se tornaria.
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Chegando à orla da Lagoa, perto do acesso à ilha do clube Piraquê, os pilares da linha do metrô ocupariam os atuais estacionamentos (espaçados o mais possível), plantados entre as pistas de carros e a lagoa. Esta área de sombra, à beira da lagoa, poderá ter usos bastante agradáveis, como quiosques, por exemplo. Para Manguinhos, por exemplo, o arquiteto catalão Jáuregui projetou "ramblas" sob a linha férrea suspensa...
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Como proteção acústica e visual para os moradores dos prédios, o elevado poderia ter, deste lado, uma parede de material plástico ou vidro semitransparente, com uma forma abaulada. E que poderia até ser retrátil, para ser ativada automaticamente à aproximação de uma composição do metrô.
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Destaco que um elevado só é realmente angustiante quando está ladeado por construções, como são exemplos o da Paulo de Frontin e o da Rodrigues Alves. Em muitos espaços turísticos, os elevados são utilizados como meio de ampliar a visualização da área, não há melhor exemplo que os parques da Disney... Além disso, a linha elevada do metrô tem largura muito menor do que qualquer viaduto de carros, e temos muitos na cidade...
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A Estação Lagoa seria inserida neste trecho, próximo à Hípica, talvez perto da igreja envidraçada, ou junto ao posto de gasolina alguns metros à frente, e se chamaria Estação Lagoa, naturalmente...
O trecho seguinte talvez possa ser tratado como ponte, afastado alguns metros da linha da costa atual, ou ser feito um pequeno acréscimo da margem da lagoa para a colocação dos pilares, o que, considerando-se o histórico de aterros desta cidade, seria razoável...
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Cruzando as pistas da Av. Borges de Medeiros, a Linha 4 voltaria a ser subterrânea no espaço hoje ocupado por um campo de futebol soçaite, para o qual terá que se encontrar substituto, certamente....
Poucos metros adiante chega-se à Estação Humaitá, local onde a linha se divide. Daí sai o ramal da Babilônia (a Linha 4-A?...), que veremos agora; e a continuação para o Centro, assunto que virá logo em seguida...
Atualizado em 15/03/2012
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