Este é um momento marcante para a cidade: o Rio guina... para o futuro!
Nenhum carioca ficará incólume, nenhum carioca pode ficar indiferente.
Esta é também uma das minhas formas de participar: sugerir caminhos para o Rio.
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L4 - trecho Barra-Humaitá

O trecho que vai da Barra a São Conrado se manteria como no projeto em construção, mas a necessidade de extensão do metrô do Jardim Oceânico até o terminal Alvorada é evidente... Neste trecho, a linha poderia ser elevada, utilizando como base o canteiro central da Av. das Américas (aliás, uma opção menos invasiva do que a canaleta fechada de ônibus BRT). A quantidade de estações não me atrevo a definir, fica por conta do peso dos e da frequencia aos shopping e condomínios á sua margem.
Ei, que tal o teto envidraçado nas composições?... O trecho deve ser tratado como parte de um Metrô Panorâmico do Rio de Janeiro!
Antecipo que considero a opção da via elevada altamente positiva, não só por óbvias razões de custo, mas também por razões, sim, estéticas!... A própria experiência de viajar no metrô da Linha 2, mostra quão interessante é observar a cidade à sua volta, ainda mais quando não se está dirigindo...
Por outro lado, um metrô suspenso é visualmente muito menos agressivo do que, por exemplo, uma ponte estaiada, esta escandalosa versão das antigas fontes luminosas, que tanto orgulharam prefeitos menos modernos que os nossos...
Aproveito para incluir a sugestão de que a ponte sobre o canal da Barra seja normal, para que deixe mais limpa a paisagem! 
A coisa muda a partir da Estação Rocinha... (E que seja este o nome!... Em respeito à história da área, São Conrado ficaria para uma futura estação no outro extremo do bairro).
Diga-se de passagem, em outras épocas o Metrô fugia das favelas... Não há melhor exemplo do que a ausência de uma estação entre Triagem e Maria da Graça, na Linha 2, o exato trecho das favelas do Jacarezinho e de Manguinhos, que ficam quase frente a frente. Esta seria uma estação com enorme fluxo de passageiros, que, afinal, há todo um povo ali a ser resgatado...
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Da Rocinha, a linha segue para a Estação Gávea, planejada para o espaço junto à PUC e ao Planetário, no eixo da Estrada Lagoa-Barra.
Mas, também poderia ficar na Praça Sibelius, onde centralizaria uma área mais ampla... 



A partir daí, em direção a Botafogo, a construção do tradicional túnel levanta a preocupação com o regime de águas do subsolo e as interferências no Jardim Botânico, o que parece evidente. A opção de levá-lo mais para dentro do maciço deixaria as estações muito distantes dos moradores.
Pois, para este trecho proponho uma solução talvez surpreendente: uma via elevada que começa (e atravessa) o Jóquei Clube, seguindo pela orla da Lagoa!
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Simplesmente,a linha subterrânea, depois de sair da Estação Gávea, afloraria no centro do Jóquei Clube, logo após a pista de corrida, do lado leste do canal que atravessa todo o Jóquei, e continuaria em direção à Av. Borges de Medeiros. Fazendo sombra sobre cavalariças e casas, teríamos aí a Estação Jóquei, com saídas para a rua Jardim Botânico e para o Parque dos Patins.
Cabe o comentário de que, se o Jóquei Clube se dispunha a um projeto imobiliário de muitos prédios, mantendo suas atividades, não seria um elevado e a passagem dos carros do metrô que afetariam a saúde dos nobres cavalos... E ainda teria, com isto, uma fonte razoável de renda, algumas benevolências fiscais e a certeza de maior procura, por conta da nova atração turística que se tornaria.
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Teríamos, a partir daí, mais um trecho do metrô panorâmico, o Metrô Panorâmico da Lagoa!...
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Chegando à orla da Lagoa, perto do acesso à ilha do clube Piraquê, os pilares da linha do metrô ocupariam os atuais estacionamentos (espaçados o mais possível), plantados entre as pistas de carros e a lagoa. Esta área de sombra, à beira da lagoa, poderá ter usos bastante agradáveis, como quiosques, por exemplo. Para Manguinhos, por exemplo, o arquiteto catalão Jáuregui projetou "ramblas" sob a linha férrea suspensa...
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Como proteção acústica e visual para os moradores dos prédios, o elevado poderia ter, deste lado, uma parede de material plástico ou vidro semitransparente, com uma forma abaulada. E que poderia até ser retrátil, para ser ativada automaticamente à aproximação de uma composição do metrô.
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Destaco que um elevado só é realmente angustiante quando está ladeado por construções, como são exemplos o da Paulo de Frontin e o da Rodrigues Alves. Em muitos espaços turísticos, os elevados são utilizados como meio de ampliar a visualização da área, não há melhor exemplo que os parques da Disney... Além disso, a linha elevada do metrô tem largura muito menor do que qualquer viaduto de carros, e temos muitos na cidade...


Certamente haverá alguma reação dos moradores locais, mas este tipo de intervenção sempre exige algum sacrifício!... Na Zona Norte, muitas pessoas estão sendo deslocadas pelos BRTs... Os moradores do Complexo do Alemão ganharam um transporte ágil, mas têm sua vida devassada por quem passa no teleférico... Talvez uma compensação financeira, através da redução de impostos prediais, mereça ser considerada, tanto por governantes quanto por moradores.
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A Estação Lagoa seria inserida neste trecho, próximo à Hípica, talvez perto da igreja envidraçada, ou junto ao posto de gasolina alguns metros à frente, e se chamaria Estação Lagoa, naturalmente...
O trecho seguinte talvez possa ser tratado como ponte, afastado alguns metros da linha da costa atual, ou ser feito um pequeno acréscimo da margem da lagoa para a colocação dos pilares, o que, considerando-se o histórico de aterros desta cidade, seria razoável...
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Cruzando as pistas da Av. Borges de Medeiros, a Linha 4 voltaria a ser subterrânea no espaço hoje ocupado por um campo de futebol soçaite, para o qual terá que se encontrar substituto, certamente...
Poucos metros adiante chega-se à Estação Humaitá, local onde a linha se divide. Daí sai o ramal da Babilônia (a Linha 4-A?...), que veremos agora; e a continuação para o Centro, assunto que virá logo em seguida...

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